Editorial Inaugural
Muito antes de todas as crises aparentemente insuperáveis da arte, Hegel iniciou seu curso de estética dizendo “A arte é, para nós, coisa do passado”. A! é um projeto que está disposto a investigar o paradeiro dessa frase nos dias de hoje. Está situada no ponto final do desenrolar de uma longa história, aflita com o “ataque do presente contra o resto do tempo”, dedicada a saber o que ficou para trás e o que teremos adiante. Mas é principalmente um espaço de convergência que pretende pensar a arte contemporânea e as artes na contemporaneidade, assim como, indissociavelmente, realizar uma reflexão sobre sua própria época. A! não compreende a sucessão de conflitos do modernismo como algo muito distante dos problemas-chave de hoje. Vemos em Marcel Duchamp, o “engenheiro do tempo perdido”, um satélite constantemente em órbita. Assim como o livro total de Mallarmé, o cinema de Eisenstein, Vertov e tantos demais. Estamos numa nova era? Pois, como disse Musil, “elas começam a todo instante”.
A! está aberta para contribuições inéditas em forma de artigo e resenhas, independente da área acadêmica, instituição, ou titulação. Entretanto não é apenas uma revista acadêmica. Publicamos também outras formas de escrita mais flexíveis, não submetidas a essa ordenação, na categoria “Ensaios”; assim como entrevistas e traduções. Além desse material, pretendemos organizar eventos como seminários, exposições, debates etc.
Apresentamos aqui nossa primeira edição, com textos do seminário de lançamento da revista em 2013 e outras contribuições.
“A questão do acontecimento na Revolução Azul de Yves Klein”, Felipe Castelo Branco.
“Criação e derivação: Da imaginação à ontologia da arte”, Victor Galdino.
“Crônica de uma morte anunciada: A morte da Arte segundo Charles Baudelaire”, Daniel Duque.
“Da unidade à multiplicidade: Goethe e a Bauhaus”, Maria Noujaim.
“Imagem, magia e publicidade: A lógica da dádiva na economia de mercado”, Alexandre Loreto.
“O que representam os vernissages?“, Guilherme Marcondes.
“Paradigma do sujeito e formas líricas”, Thiago Castañon.
Para ter acesso à edição completa, clique aqui.
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